1 de dezembro de 2006

Faz falta quem provoque

Ultimamente fala-se muito sobre o "exagero" do politicamente, e do eticamente incorrecto a que chegam alguns humoristas., nomeadamente aquele inglês que se faz passar por um cazaque imbecil de nome Borat.

Penso que logo à partida o debate está condenado à esterilidade. Humor é humor e ponto final!Mesmo o que passa pelo ferir susceptibilidades.

Faz falta quem provoque rupturas neste mundo, nem que seja de uma forma imbecil. Eu pessoalmente estou farto do politicamente correcto e dos "pezinhos de lã"!

2 comentários:

José Cartaxo disse...

É possível fazer-se humor sem ferir susceptibilidades (ou pelo menos não deliberadamente), agora rupturas é que não.
Se escreveres «gantz» na caixa de pesquisa do meu blogue, obterás, creio que logo no primeiro lugar, uma ligação para uma entrada sobre o fotógrafo (e cineasta) americano Joe Gantz. Lê o que ele dizia sobre a sociedade americana, no início da década de 1980. O que se passa em Portugal, neste momento, é um pouco mais grave que o que lá está escrito: por um lado, temos uma sociedade civil fraca, preconceituosa e profundamente retrógada; por outro, um Estado demasiado musculado, quase policial, que procura por quase todos os meios impor formatos que apenas convêm a quem está no poder.
Durante toda a vida, Cesariny foi perseguido e rebaixado, quer pela sociedade main stream, pela Cultura instituída, quer por todos o que tiveram poder no Estado. E são hoje esses, aqueles que representam a repressão, os que mais fazem discursos públicos sobre as alegadas qualidades do homem. Se não houvesse tanta hipocrisia, seria até surreal... Acontece é que um artista, quando tem qualidade, não morre.

Eurico disse...

Um surrealista que não é rejeitado pela sociedade, é um surrealista que falhado! ;)

Assim sendo, o sucesso de Cesariny é total!

Mas como já te disse, confesso a minha ignorância quanto à vida e obra deste homem, que estou agora a descobrir aos poucos.